O Ministério Público do Paraná denunciou nesta quarta-feira (20) o policial penal Jorge Guaranho pelo crime de homícidio duplamente qualificado por motivo fútil e perigo comum. O homem está preso sob custódia no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, em Foz do Iguaçu, após ser acusado de matar o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) Marcelo Arruda.
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De acordo como o Ministério Público, o crime aconteceu decorrente de "preferências político-partidárias antagônicas". Guaranho ainda teria colocado a vida de mais pessoas em risco devido ao crime ter ocorrido em um salão de festas.
Para o promotor Luís Marcelo Mafra Bernardes da Silva, a denúncia acontece como uma forma de frear brigas políticas futuras.
"Esperamos que esse caso emblemático do Marcelo Arruda sirva de freio de arrumação para essa escalada da violência que o nosso país tem vivenciado no espectro político-partidário. Nó precisamos parar com isso. Esperamos que esse seja o ponto terminal de tudo isso, por que, enquanto Ministério Público, não toleraremos práticas nessa natureza", afirmou Mafra.
O MP ainda ressaltou que laudos periciais de confronto balístico, do aparelho que gravou as imagens de câmeras de segurança, do celular de Guaranho, do carro do policial e do próprio local do crime, ainda serão anexados à denúncia.
O policial penal está atualmente na enfermaria do hospital. Anteriormente, Guaranho estava internado na Unidade de Terapia Intensiva. O homem tem estado de saúde estável e está consciente, mas sem previsão de alta. Em breve, ele irá depor.
O crime
Durante comemoração de sua festa de aniversário, Marcelo Arruda, guarda municipal e candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi morto a tiros, aos 50 anos, na madrugada do domingo (10), em Foz do Iguaçu (PR), pelo policial penal federal Jorge Guaranhos. O homem está preso sob custódia em um hospital de Foz do Iguaçu após ser baleado por Arruda. A Justiça decretou na última segunda-feira (11) a prisão preventiva do acusado.
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